Aquele final de tarde foi memorável.
As nuvens estavam densas no céu, mas o sol ainda brilhava ininterrupto. Os ventos sopravam fortemente, e os pássaros voavam baixo no céu. Meus cabelos dançavam com o vento. O som dos meus passos estavam ritmados, como se estivessem acompanhando uma música. O ritmo envolvente de uma tarde mágica.
Olhei para as crianças que brincavam nas ruas. Lembrei-me de minha infância, de quando não me importava com nada.
A inocência de uma criança leva-nos a perguntar: O que há de errado conosco? Por que mudamos tanto? Será que queremos provar maturidade?
Mas a verdade é que as crianças tem um porto seguro com que contar. Nós não temos mais. Temos de decidir o que é bom e o que é ruim para nós. Temos de sacrificar certos pensamentos. Agir sem infantilidade, não pensar que nossos pais vão estar em casa, esperando para lhe repreender.
Mas acharia um tolo aquele que não pensa em ser de novo uma criança. Não imaginar que o céu é o limite...
E olhar aqueles seres indiferentes ao que os outros pensam deles, sorri.
Mas voltei de novo para meu mundo de decisões.
