Queridos leitores, já perguntaram-me muitas vezes se o que está postado aqui é ou não de minha autoria, e é claro que tudo, exceto por algumas citações, são de minha autoria!!! Se vão retirar algo daqui, não se esqueça de colocar o nome de quem escreveu, isso é muito importante. Agradeço pelos comentários...

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domingo, 4 de julho de 2010

Beco sem saida...

Quando o sol se pôs, pude ver o quanto queria sair dali...

A escuridão deu à noite um aspecto agourento... Becos escuros, ruelas estreitas... Tudo estava me deixando nervosa. Nunca pensei que àquela hora do dia fosse tão ruim para estar sozinha no meio daquele lugar...

Meu coração martelava enquanto eu via o vazio das ruas, as luzes do postes se acenderam enquanto eu me deslocava para um lugar mais movimentado. Não percebi que estava sendo seguida até ver uma sombra se projetando atrás de mim. Senti um calafrio subindo por minha coluna...
Virei-me para ver quem era. Meus olhos se arregalaram de medo quando vi aquele homem estranho. Ele era mil vezes mais forte que eu, mais alto que eu e, no entanto, ele parecia ter uma presença tranqüilizadora... Mas eu ainda estava com medo, então fiquei paralisada.
O homem parou quando me virei e sorriu envergonhado... Segundos depois ele voltou-se para seguir seu caminho, entrando em uma rua onde eu nem pensaria entrar...
Respirei fundo, tentando me aclamar, rindo de mim mesma, por estar tremendo de medo...
Depois que meu susto passou recomecei a caminhar. Minha sorte estava me deixando super preocupada... Como eu fui parar ali? Eu só estava procurando a casa de um amigo!!! Não uma encrenca...!!!

Havia um grupo de homens numa esquina, à luz do poste, eu vi seus rostos se voltarem para ver quem estava chegando. Repassei em minha mente que era só mais uma loucura de minha cabeça, mas não consegui enganar nem mesmo a eles... Eu estava com medo...
Eles olharam para mim, depois se entreolharam... Tentei fingir que estava sozinha e continuei a andar, passando rapidamente por eles. Meu coração estava acelerado, e minha cabeça estava doendo...
Como eu não conhecia o bairro, cometi o erro terrível de entrar numa rua, sem saber onde ela ia dar...

A rua era completamente deserta...
Não olhei para trás quando ouvi passos me seguindo. Meu coração quase parou quando vi uma figura alta no fim da rua... Eu estava sem saída.
tentei pensar com calma, tentar imaginar o que fazer para sair daquela situação.

Esperei que eles viessem até mim, planejando cada movimento que eu faria. Primeiro tentaria conversar, para que eles saíssem daquela sem machucados...
Um homem baixo parou a poucos metros de mim, tentando não me assustar?
Aquela cautela foi demais para mim, me confundiu... Talvez fosse isso que ele esperasse!!!
Deixei meu lado mais frio me dominar.
- O que veio fazer aqui? - perguntou o homem baixo.
- Vim procurar um amigo... - eu disse calmamente.
Ele olhou ao redor, vendo somente casas abandonadas... depois olhou para mim, sorrindo ironicamente.
- Aqui? - ele fez um gesto estranho ao indicar o local onde eu havia entrado para procurar alguém.
Eu definivamente estava encrencada.
Ele se aproximou mais de mim, mas o amigo dele o refreou. Minha boca estava seca enquanto eu desfrutava daquele momento único.
O outro era um pouco mais baixo do que o que havia falado comigo... Um erro e ele estaria no chão!
pensei em como seria pisotear as bolas dele...
Afastei-me um passo e ele disse:
- Não precisa ter medo. Linda.
Ri mentalmente.
- Ei! - ouvi o outro nos dirigindo a palavra. Quatro. Eu dou conta do recado. Pensei.
Contei os últimos passos atrás de mim. Uma mão tocou meu ombro, e num golpe de karetê, derrubei o cara que tocou em meu ombro.
Os outros homens estavam surpresos com minha reação...

De repente me vejo em uma cena completamente diferente...! A pessoa atrás de mim surgiu do nada, intrometendo-se na minha conversa civilizada com o meu possível agressor...
- Acho que vocês deviam sair daqui. - disse uma voz conhecida atrás de mim.
Suspirei ao perceber que era meu amigo, Téo. Mas tinha algo errado com ele, algo que me deixou completamente irritada. Como ele foi interromper mina discussão na melhor parte!
Olhei para ele, tentando fingir alivio.
Ele me encarou seriamente, fazendo-me perder minha linha de raciocínio. No céu, nuvens densas e avermelhadas por causa a iluminação cobriram o céu.
Eu me sentia insignificante, ao vê-lo ali querendo me proteger.
- E quem é você para nos dizer o que fazer? - disse o segundo homem.
ele encarou Téo com tanta raiva que percebi de imediato o que ia acontecer.
O homem baixo pegou um punhal que estava dentro de sua calça. Senti meu corpo gelar.
Téo não estava ciente disso, então me interpus por ele.
- Acho que é melhor irmos, Téo. - eu disse com calma, segurando o braço dele, puxando-o para a direção de onde ele havia chegado... Os outros ficaram observando.
Saímos dali quase que correndo. Ele estava de cara amarrada.
- Mas por que você se meteu!? - perguntou ele, depois de entramos em outra rua.
- Ele ia te matar - rebati com raiva. - Como acha que eu fiquei!
Eu não estava brincando, certamente. Minha cabeça doia só de pensar, mas eu ja estava com dor antes, então não pensei nisso.
Ele olhou para mim, triste.
- Me desculpe. - disse ele, me abraçando.
- Argh! Tudo bem!!! - eu disse, parando ao perceber que era capaz de me cuidar sozinha. - Na verdade - comecei a dizer. - eu podia muito bem ter acbado com raça deles. Mas você chegou e interrompeu tudo! - eu disse com raiva.
Ele empalideceu.
- Está maluca! Eles tem uma fama muito ruim aqui no bairro! - ele falou com a mesma raiva que eu.
Eu não queria saber, parecia que eu estava em estado de choque por causa daquele episódio.

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